Dependência de vídeo game
- Carolina Thans
- 25 de abr. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 2 de ago. de 2020
A Organização Mundial da Saúde inseriu no CID 11 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde) o gaming desorder, que é o uso abusivo dos Jogos Eletrônicos.
Segundo uma pesquisa do ano passado do grupo Pesquisa Game Brasil, 66% dos brasileiros jogam vídeo game. Mas, como classificar e avaliar quem se enquadraria em um caso de dependência?
Critérios para um possível diagnóstico:
1- Apresentar uma dificuldade no controle do ato de jogar, não conseguindo determinar frequência, duração ou término.
2- Colocar o jogo como uma prioridade em relação a outras áreas da vida como familiar, estudos e trabalho.
3- Mesmo diante de consequências negativas, manter o padrão de jogo.
No geral o distúrbio do jogo eletrônico, é caracterizado por um padrão de comportamento de jogo recorrente, que causa prejuízos na vida da pessoa, afetando as esferas social, de lazer, familiar, estudo e trabalho.
Outro aspecto importante a se considerar, é observar se o jogo tem uma função de aliviar o humor negativo. A pessoa busca o jogo como uma forma de se animar e aliviando sentimentos como tristeza, raiva e ansiedade. Ou seja, não é o simples fato de jogar por algumas horas, mas o quanto isso impacta a qualidade de vida do indivíduo.
É preciso ficar atendo as comorbidades, outros problemas que geralmente acompanham casos de dependência em vídeo game.
Em casos de uso abusivo, é importante que seja observado os comportamentos e se eles se mantêm por um período de 6 meses a 1 ano. Porém, alguns sinais como faltas na escola e no trabalho, são mais fáceis de identificar e com consequências mais imediatas, sendo necessário ficar atento e buscar ajuda o quanto antes.
Como qualquer outro quadro psicológico, o diagnóstico deve ser feito com especialistas como psiquiatras e psicólogos.
No Brasil existem dois lugares especializados que atendem essa queixa, em São Paulo existe o Grupo de Dependência de Internet no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clinicas, e no Rio de Janeiro o Instituto DELETE.

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